Quando Mark e Alison assinaram com construtores para começar a trabalhar na sua nova casa, ela estava grávida do seu terceiro filho, então decidiram esticar-se financeiramente e alugar um lugar muito agradável. Afinal, passaria menos de um ano até que a casa dos sonhos estivesse pronta. Mas o galo faz três anos em poucos meses e a família ainda está a muitos meses de se mudar para a sua nova casa. Os últimos três anos foram uma história de horror de atrasos, problemas de construção, batalhas legais e centenas de milhares de dólares que nunca mais verão. Pensando bem, o casal sentiu que tinha feito tudo o que era possível para garantir que as coisas corressem bem. Assinaram com um construtor registado, que veio bem recomendado, garantiram que o seu contrato incluía cláusulas de atrasos e danos e verificaram se o construtor tinha seguro.

Quase desde o primeiro dia, os atrasos começaram, com Alison e Mark a suspeitarem que o seu construtor tinha assumido alguns grandes projetos e estava a colocar o seu trabalho num longo caminho em segundo lugar. Um ano depois, apesar de ter pago ao construtor 90% da sua taxa, os trabalhadores apareciam uma vez por quinzena ou menos, as reuniões eram canceladas e as desculpas esgotavam-se.

Quase 12 meses depois de terem ido para a sua nova casa, e com o trabalho ainda parado, Alison e Mark foram a um advogado para rescindir o contrato. Enquanto o processo estava a decorrer, o construtor foi declarado insolvente. Naquilo a que a Alison chama “o único lado positivo de tudo isto”, a insolvência do construtor significava que eram elegíveis para seguros de garantia de construção. Mas receber um pagamento de um seguro só veio depois de terem gasto muitos milhares de dólares em custos legais e relatórios de peritos sobre o mau estado das obras.

O pagamento do seguro de 200.000 dólares, o máximo possível na altura, deve cobrir falhas de construção, custos legais e rendas até 60 dias – pequeno conforto quando se paga a renda (e uma hipoteca) há três anos. Alison estima que estão “pelo menos seis dígitos abaixo”, incluindo os 330 mil dólares citados para terminar a casa, e diz que os custos envolvidos teriam sido demasiados para suportar se ambos não estivessem a trabalhar.